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Relatório do Inpe alerta para risco da diminuição de chuvas na Amazônia


Valor econômico dos serviços ambientais da floresta ainda é desconhecido.
Trabalho em conjunto com Reino Unido visa projetar efeitos no Brasil.


O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Met Office Hadley Centre (MOHC), do Reino Unido, lançaram nesta terça-feira (10) um relatório sobre os riscos que representam as mudanças climáticas no Brasil. Um dos principais pontos destacados pelo trabalho é que o aumento na temperatura e pode causar um decréscimo das chuvas na Amazônia acima da variação global prevista pelo cientistas.
Floresta amazônica (Foto: Dennis Barbosa/Globo Natureza)Floresta amazônica na região central do Amazonas. (Foto: Dennis Barbosa/Globo Natureza)
O estudo reforça a importância da Amazônia como provedora de serviços ambientais para o país e para todo o continente sul-americano. “Regiões economicamente importantes do Brasil e de outros países da América do Sul nos setores de agronegócios, energia hídrica e indústria situam-se ao sul do Amazonas e, segundo estimativas, geram por volta de US$ 1,5 trilhão ou 70% do PIB combinado desses países. Ainda não se quantificou até que ponto a umidade proveniente do Amazonas contribui para o bem-estar econômico do continente sul-americano”, diz o relatório.
Floresta em pé
O objetivo da pesquisa apresentada nesta terça é subsidiar os formuladores de políticas com informações científicas das mudanças climáticas e de seus possíveis impactos na região. “Enquanto os serviços do ecossistema da floresta amazônica não forem integrados nas estruturas políticas e financeiras, a floresta será considerada mais valiosa morta do que ativa”, ressalta o documento.
O projeto feito em parceria internacional utilizou um conjunto de modelos globais e regionais desenvolvidos para projetar os efeitos das emissões de gases de efeito estufa no clima do mundo e fornecer maiores detalhes sobre o Brasil. Embora as análises abranjam todo o país, o relatório se concentra na Amazônia, área de preocupação nacional e mundial, informa o Inpe em nota.
A pesquisa vai continuar como parte do programa científico do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas (INCT para Mudanças Climáticas) e da Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais (Rede Clima), ambos sediados no Inpe.

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