Navegamos pela foz do Rio Brunei atrás de um morador destas matas de mangue, que só existe nesse local.
É um lugar de história, tradição e natureza quase inexplorada. Navegamos pela foz do Rio Brunei, bem cedo. Vamos atrás de um morador destas matas de mangue, que só existe nesse local. Ele é esperto e não gosta muito de aparecer. Já ouviu falar do macaco-narigudo?
Dizem que é um macaco enorme que tem um nariz muito grande, e este nariz serviria para atrair a fêmea. O guia Jungle David é um dos maiores especialistas em vida selvagem em Brunei. Ele nos leva para tentar ver esses macacos. Diminuímos a velocidade do barco para não fazer muito barulho.
Alguns hábitos que eles têm podem nos ajudar. Aos poucos, eles começam a aparecer. Como a maioria dos macacos, são curiosos e também muito tímidos. Quando nos veem, viram as costas. Eles conseguem ser elegantemente desajeitados. É com as mãos levantadas que pulam de um galho para o outro.
Em um lugar de vida selvagem, a gente tem que principalmente respeitar o espaço dos animais. Por isso, com muita paciência, e principalmente sorte, a gente pode observar momentos especiais. É uma cena rara. Escorado num galho, abraçado ao tronco de uma árvore, um macaco-narigudo tira uma soneca.
É um macho de, mais ou menos, sete anos. “Não é comum ver o macaco narigudo assim. Mas talvez tenha chovido muito, ou ventado forte, e ele não tenha dormido bem”, explica o ambientalista Jungle David.
O narigudo dorminhoco se ajeita melhor na árvore e pega no sono de novo. Enquanto o macho dorme, as fêmeas do bando e os filhotes estão à procura de comida. Eles precisam comer, mais ou menos, metade do peso em folhas em cada refeição. As fêmeas são graciosas, bem menores que os machos e têm o nariz pequeno e arrebitado.
Com tanta movimentação nas árvores, o macaco dorminhoco acorda. Como a fome é maior, ele finalmente resolve encarar o café da manhã em um galho ali perto. É o que ele come sempre, em todas as refeições.
Eles são tão exigentes, que percorrem vários quilômetros para encontrar a comida ideal.
No mangue, existem três espécies de macacos, todos excelentes nadadores. Como o macaco-caranguejeiro que encontramos atravessando o Rio Brunei.
É nadando que eles se tornam vítimas fáceis. É uma área de crocodilos, que estão sempre à espreita, bem escondidos até o bote certeiro. Os macacos nem sempre conseguem chegar à outra margem.
Em Brunei, os macacos são protegidos por lei e podem ficar tranquilos na floresta. No país, 75% da floresta tropical estão preservados.
Fonte: http://g1.globo.com
Fonte: http://g1.globo.com
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