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Projeto preserva peixe-boi marinho na Costa dos Corais

Preservar a Costa dos Corais é garantia de vida para o peixe-boi marinho. A espécie está ameaçada de extinção e precisa de ajuda para chegar até lá, e o socorro vem do Projeto Peixe-Boi. A nossa equipe acompanhou a viagem por terra de dois desses gigantes do mar de Itamaracá, em Pernambuco, até Alagoas, onde eles vão aguardar o dia de ir para o mar. Primeiro, eles vão ficar no mangue alguns meses, em fase de adaptação, para depois conhecer o mar. Cada um recebe uma bóia para que os tratadores saibam onde estão, mesmo durante os mergulhos.
Pesquisadores do Projeto Peixe-Boi saem em busca de um desses gigantes do mar, e a equipe do Globo Mar vai junto. Assim, encontramos o Arani, um peixe-boi que já passou pelo cativeiro e agora está livre no mar. Ele estava encalhado em uma praia no Ceará, após ter se desgarrado da mãe e ter pedido a amamentação. Ele foi resgatado, tratado e, há dois anos, foi recolocado na natureza. “A gente procura trabalhar em integrado com o pessoal da APA, porque a gente tem que preservar o ambiente para poder preservar o animal. O animal não vai sobreviver se o ambiente estiver degradado”, aponta o biólogo Iran Normande.
A nossa convidada deste programa, a mergulhadora Karol Meyer, tem muito em comum com o simpático peixe-boi. Ela é recordista mundial de apneia estática e ficou 18 minutos e 32 segundos sem respirar, enquanto o peixe-boi marinho fica até 25 minutos embaixo d’água sem respirar. E ela aproveita para mergulhar com o biólogo para ver o Arani de perto.
Criação de ostra ajuda no trabalho de preservação do peixe-boi marinho
Longe da APA da Costa dos Corais, mas bem perto dela, o Globo Mar descobriu uma atividade que vem crescendo muito pela região: a criação de ostras. Cícero foi o primeiro a apostar na nova profissão, que hoje é uma alternativa de trabalho para os pescadores. Durante um ano e seis meses, ele trabalhou sozinho no cultivo de ostras. O trabalho que Cícero começou, em 2003, ganhou números impressionantes oito anos depois. Atualmente, são 360 mil mesas, cuidadas por 53 famílias. No ano passado, foram vendidas, em média, 25 mil ostras, por mês. “Eu tinha que fazer alguma coisa pela minha comunidade”, lembra.

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